Probióticos e sono: como a microbiota intestinal influencia na qualidade do sono

Conectada ao cérebro, comunidade bacteriana produz substâncias essenciais ao sono.


A influência que a microbiota intestinal exerce sobre o corpo humano não se limita à função digestiva. Pelo contrário: ainda que essa comunidade de trilhões de bactérias se hospede no trato gastrointestinal, um número cada vez maior de pesquisas conecta o bom funcionamento de todo o organismo a uma microbiota vivendo em equilíbrio.

Atividades fundamentais para o indivíduo como o sistema imunológico, a absorção de nutrientes e até a saúde mental estão diretamente ligadas à microbiota intestinal. Não surpreende, portanto, que estudos recentes demonstrem que a qualidade do sono também é altamente impactada pela qualidade da microbiota.

É de conhecimento geral que a insônia e os distúrbios do sono têm grave impacto na qualidade de vida das pessoas. Em um mundo onde se dorme cada vez pior, o uso de probióticos para reequilibrar a microbiota é um grande reforço no tratamento de pessoas com dificuldade para dormir.


A relação entre o equilíbrio da microbiota intestinal e a qualidade do sono

A conexão entre a microbiota intestinal e a qualidade do sono é similar à relação entre a comunidade bacteriana e a saúde mental. Os microrganismos estão ligados ao cérebro por meio de uma rede de neurônios espalhados pelo trato gastrointestinal, o sistema nervoso entérico, em uma via de mão dupla em que um afeta o funcionamento do outro.

Nesta relação complexa, uma microbiota abaixo do ideal pode gerar distúrbios no sono, da mesma forma com que o sono insuficiente causa desequilíbrios na microbiota. Por abaixo do ideal, entenda-se: a microbiota é formada por espécies de bactérias “boas” e “ruins”. Para estar equilibrada, é preciso manter mais espécies boas do que ruins.


Diversos estudos apontam que a redução da flora bacteriana positiva reduz também a duração do sono e que, em contrapartida, distúrbios crônicos do sono e mudanças no ritmo sono-vigília levam ao desequilíbrio da microbiota. Entre as explicações para tal influência, estão as substâncias que as próprias bactérias são capazes de produzir.

O butirato, por exemplo, é um ácido graxo encontrado em produtos lácteos e nas fibras de várias plantas (aspargo, aveia, alho, cebola) que contém moléculas indutoras do sono. Ele é produzido graças à fermentação que a microbiota exerce na fibra alimentar – o que reforça a noção de que alimentar-se bem faz bem ao sono.

As bactérias do intestino também são produtoras de neurotransmissores, como Gaba (um desacelerador da atividade cerebral), dopamina (que atua no sistema nervoso central) e serotonina, que é justamente quem promove a comunicação entre o cérebro e os neurônios do sistema entérico. Se a produção cai, a qualidade do sono é afetada – e as consequências podem ser graves.

Ter um sono inconsistente ou de baixa qualidade está associado ao desenvolvimento de doenças cardíacas, depressão, obesidade e diabetes. O cansaço decorrente das noites mal dormidas também aumenta o risco de cometer erros no trabalho, sofrer lesões ou causar acidentes de trânsito. São fortes motivos para relacionar probióticos e sono.


Como os probióticos melhoram a qualidade do sono?

Uma microbiota intestinal saudável tem reflexos positivos em todas as funções do organismo, inclusive a hora de dormir. É por promover a boa digestão e a saúde do cérebro que o consumo de probióticos e sono estão relacionados: os suplementos probióticos e os alimentos fermentados favorecem a composição da flora intestinal que, por sua vez, nos ajuda a absorver nutrientes e produzir substâncias saudáveis.

Há estudos recentes que relacionam doenças como a Síndrome da Fadiga Crônica (que, entre outros sintomas, altera o sono) ao desequilíbrio da microbiota intestinal. Paralelamente, outras pesquisas mostram que o tratamento com probióticos contendo cepas específicas de Lactobacillus rhamnosus - GG , Bifidobacterium animalis subespécie lactis, Bifidobacterium breve e Bifidobacterium longum resultam em melhoras no humor, na fadiga e na função cognitiva – frutos de um sono de qualidade. O Bifizen, blend probiótico fornecido com exclusividade pela Coana, também contribui para a melhora da qualidade do sono.

O ideal é que o uso de probióticos seja associado a bons hábitos, como consumir alimentos saudáveis e ricos em nutrientes e praticar exercícios todos os dias. Exercícios de resistência, em especial, ajudam a manter a diversidade da microbiota estável e enriquecida, além de melhorar a comunicação entre o intestino e o cérebro.

Sendo a microbiota intestinal fundamental para o bom funcionamento das funções cerebrais, os probióticos são ótimos reguladores para a qualidade do sono.

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