Probióticos na dermatologia: o uso de probióticos para a pele
Microrganismos do bem fortalecem a barreira protetora da pele e combatem doenças
Mesmo habitando majoritariamente o trato gastrointestinal, as bactérias que compõem a microbiota intestinal influenciam praticamente todas as atividades do corpo humano – da digestão à imunidade, passando por vários aspectos fundamentais da boa saúde. A epiderme não escapa desse impacto: uma microbiota vivendo em equilíbrio possui relação direta com uma pele saudável.
Assim, regular a microbiota com o consumo de probióticos já naturalmente beneficia e fortalece a pele. Só que existem ainda outras aplicações mais diretas dos probióticos na dermatologia. Doenças como a dermatite atópica, a acne, a psoríase e outras infecções dermatológicas são tratadas de forma mais eficiente com a adição de probióticos à terapia.
A relação entre a microbiota intestinal e a saúde da pele
A saúde da pele e a microbiota intestinal estão intimamente conectadas. Quando a microbiota entra em disbiose, o que ocorre quando há um desequilíbrio entre as bactérias boas e más que formam a comunidade, a imunidade é imediatamente afetada. E a pele, o maior órgão do corpo humano, fica extremamente vulnerável.
As causas da disbiose variam: doenças, uso de antibióticos, má alimentação, etc. O fato é que, com a morte de bactérias protetoras e a proliferação de microrganismos patogênicos, o sistema imunológico perde modulação e a pele apresenta sintomas como espinhos, cravos, dermatite, unhas quebradiças e até queda de cabelo.
Além disso, a ciência já sabe que há uma relação direta entre danos na mucosa intestinal e problemas dermatológicos. Uma microbiota intestinal fortalecida, portanto, estimula a função da barreira intestinal – o que, por sua vez, aumenta a resposta imune do organismo contra problemas na pele. Um fortalecimento que pode ser potencializado por meio do consumo de probióticos específicos para esse fim.
Probióticos na dermatologia: usos e benefícios
À medida em que a ciência aprofunda os estudos sobre a microbiota intestinal, ficam cada vez mais evidentes os benefícios dos probióticos na dermatologia, microrganismos vivos que, divididos em cepas probióticas com diferentes benefícios para o corpo humano, são consumidos em dietas ou tratamentos específicos. E um dos benefícios de algumas cepas é um grande efeito antioxidante.
Além de reduzir os danos e retardar o envelhecimento da pele, o efeito antioxidante dos probióticos ajuda a eliminar os radicais livres do organismo e beneficia a atividade de enzimas também antioxidantes nas próprias células humanas. Os probióticos também atuam diretamente contra bactérias causadoras de acne, psoríase e dermatite.
Já em 1961, no primeiro estudo efetivo sobre probióticos na dermatologia realizado nos Estados Unidos, de 300 pessoas que sofriam de acne e consumiram suplementos probióticos, 80% apresentou significativa melhora na pele. Outro estudo com leite fermentado (um probiótico natural) mostrou que o consumo da bebida após 12 semanas diminui a quantidade de sebo e de lesões.
O uso de probióticos na dermatologia servem para modular a resposta imune, dimininuir a inflamação e fortalecer a barreira protetora natural da pele. São os casos de estirpes específicas, cujas cepas probióticas apresentam eficiência comprovada na proteção da pele e no combate ao eczema:
● Bifidobacterium animalis subsp. lactis
● Lactobacillus salivarius
● Bifidobacterium breve
● Lactobacillus paracasei
● Lactobacillus acidophilus
● Lactobacillus rhamnosus GG
Uso de probióticos no tratamento em dermatologia
Saiba um pouco mais sobre os benefícios dos probióticos na dermatologia e como eles atuam no tratamento de diversos problemas de pele.
1) Dermatite atópica
A dermatite atópica é uma das formas mais frequentes de eczema e está diretamente relacionada a danos na mucosa que protege o intestino. O Lactobacillus rhamnosus GG é uma cepa probiótica capaz de restaurar e estimular a função da barreira
2) Acne
Caracterizada pelo surgimento de cravos e espinhos, a acne atinge até 90% dos jovens e adolescentes e é considerada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) o problema dermatológico mais comum do Brasil, afetando mais da metade da população. Nesse caso, os probióticos são usados para combater a inflamação e reduzir a quantidade de toxinas na epiderme.
3) Psoríase
Doença crônica que afeta cerca de 30% das pessoas, manifesta-se por meio de lesões na pele, principalmente nos joelhos, cotovelos, palmas das mãos e no couro cabeludo. Ao modular a imunidade e reforçar a barreira cutânea, os probióticos também são indicados para combater a psoríase.
4) Eczema
Eczema é o termo utilizado para agrupar diferentes condições que causam inflamação, irritação, coceira e dor na pele – a dermatite atópica é a mais comum delas. O consumo da cepa probiótica Lactobacillus acidophilus é altamente eficaz para prevenir e combater o eczema em adultos e crianças.
Cepas probióticas fornecidas pela Coana para uso em dermatologia
● Lactobacillus salivarius - CRL 1328
● Bifidobacterium breve - BR03 (DSM 16604)
● Bifidobacterium animalis subsp. lactis - BS (LMG P-21384)
● Lactobacillus rhamnosus - LR05 (DSM 19739)
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