Probióticos microencapsulados e liofilizados: entenda as diferenças

Métodos de proteção e conservação das cepas probióticas são indicados para diferentes casos  

Os milhares de microrganismos que residem no corpo humano, principalmente no cólon e no trato gastrointestinal de todo ser humano, têm papel fundamental na manutenção da nossa saúde. Eles formam a microbiota intestinal, cuja estrutura e composição a ciência já consegue manipular para prevenir ou tratar doenças e promover saúde e bem-estar.

 

Essa influência é obtida por meio de cuidados como boa alimentação, hábitos de vida saudável, prática de exercício físico e, quando necessário, pode ser suplementada com formulações contendo probióticos.

Os microrganismos vivos são capazes de reequilibrar as populações microbianas que habitam a microbiota para torná-la mais saudável e conferir diversos benefícios à saúde do hospedeiro humano. Há uma grande diversidade de cepas bacterianas que podem ser utilizadas como probióticos.



É justamente por se tratarem de delicados organismos vivos que os probióticos devem passar por processos que garantam a preservação do produto e de suas propriedades funcionais – como as tecnologias de liofilização e microencapsulação. Com diferentes aplicações em cada caso, os probióticos microencapsulados e liofilizados conferem maior estabilidade, resistência e durabilidade nas diferentes formas farmacêuticas.

 

Siga conosco para entender as diferenças entre probióticos microencapsulados e liofilizados.

Probióticos liofilizados


Criada há mais de 100 anos como um método de secagem para carnes e vegetais, a liofilização é uma tecnologia que evoluiu para também preservar suprimentos médicos e, mais recentemente, os probióticos. É um método que estabiliza e concentra grandes quantidades do produto em um volume pequeno, aumentando sua potência e dispensando a necessidade de refrigeração para transportá-lo ou armazená-lo.

A liofilização é um processo de secagem e desidratação suave que retira a água do produto para manter o probiótico com baixa atividade, mas sem perder suas propriedades nutricionais ou sofrer alterações químicas e físicas.

 

Consiste na aplicação de um vácuo profundo, deixando um rastro de vapor que é capturado em um condensador de gelo dentro do liofilizador. O processo dura entre 24 e 72 horas e é capaz de preservar o produto por vários anos.

 

Conheça alguns dos benefícios da liofilização em probióticos:

 

●      Torna o probiótico resistente à temperatura ambiente, facilitando o armazenamento e o transporte.

●      Concenta e preserva todas as características e benefícios originais do produto.

●      As bactérias presentes no probiótico apresentam maior taxa de sobrevivência na liofilização em relação a outros métodos de preservação.

●      Os produtos liofilizados podem ser preservados e armazenados sem a necessidade de qualquer tipo de conservantes ou baixa temperatura.

 

Ainda que existam outros métodos mais rápidos e baratos de preservação, a liofilização é a melhor opção para manter a viabilidade das culturas vivas. Assim, todas as cepas disponibilizadas pela Coana são liofilizadas.


Probióticos microencapsulados

 

Uma das condições para que uma cepa seja considerada um probiótico é que, após a administração oral, ser capaz de resistir às severas condições ambientais do trato gastrointestinal para chegar intacta ao cólon e colonizar a microbiota intestinal.

Em alguns casos, porém, as cepas podem ser mais sensíveis, como as bifidobactérias, por exemplo. Por isso, os prescritores costumam sugerir concentrações mais altas dessas cepas, a fim de garantir que a quantidade mínima necessária para realizar o efeito desejado no organismo chegue até o local de ação.

Uma alternativa a essa estratégia seria a utilização de cepas microencapsuladas, pois contam com uma proteção ainda maior para suportar o trajeto.

 

A microencapsulação é uma tecnologia que protege o probiótico contra condições adversas e aumenta suas propriedades mucoadesivas – importantes para uma colonização bem-sucedida.

Na microencapsulação, existe um biofilme que envolve o microrganismo conferindo a ele maior estabilidade nas diferentes formas farmacêuticas, protegendo o probiótico durante o armazenamento do produto e a passagem pelo trato gastrointestinal para, em seguida, liberá-lo no cólon. Ou seja, é uma espécie de reforço a mais para cepas mais sensíveis.

 

Vale ressaltar que a microencapsulação não é uma tecnologia necessária para todo produto que contenha probiótico. Pelo contrário: para formulações em cápsulas e sachês, e sobretudo as que são formuladas em farmácia magistral - que naturalmente possuem menor validade - essa tecnologia é desnecessária, visto que cepas liofilizadas atenderiam ao quesito estabilidade.

 

Veja outros benefícios da microencapsulação dos probióticos:

 

●      Protege o probiótico mais sensível em relação a umidade, oxigênio, ácidos gástricos, enzimas digestivas e ácidos biliares.

●      Preserva as propriedades e a estabilidade, e aumenta o prazo de validade das cepas probióticas.

●      Atua como um facilitador tanto para o transporte do probiótico até a microbiota quanto para a colonização bem-sucedida das cepas mais sensíveis.

Assim, a microencapsulação de probióticos nem sempre é necessária, mas é uma alternativa eficaz e inovadora quando:

- são usadas dosagens menores na formulação

- se deseja estender a validade do produto

- se tratam de cepas bacterianas especialmente sensíveis

Diferenças entre probióticos microencapsulados e liofilizados


Ainda que ambos sejam métodos utilizados para conservar, proteger e potencializar os efeitos do produto, os probióticos microencapsulados e liofilizados diferem-se por alguns detalhes cruciais. Confira abaixo:

Os probióticos liofilizados passam por um processo de secagem que retira a água presente no microrganismo, impedindo que se reproduza, mas sem perder propriedades nutricionais ou estabilidade da fórmula. Isso permite que o produto seja armazenado em temperatura ambiente.

Os probióticos microencapsulados são protegidos por uma barreira física extra que proporciona ainda mais estabilidade, aumenta a validade do produto e permite que cepas probióticas sensíveis sobrevivam ao trajeto da cavidade oral até a microbiota intestinal. Também facilita a aderência da cepa ao intestino e a consequente colonização.

 

Os microencapsulados também são uma alternativa para formulações onde há associação com outros ativos que possam interagir negativamente com a cepa, bem como uma alternativa para diferentes formas farmacêuticas.

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